Potencial de produtividade - YieldGap
O grande desafio da humanidade é conciliar o aumento da produção de alimentos com a redução do impacto ambiental. O potencial de produtividade é definido pela quantidade de radiação solar incidente, concentração de CO2 atmosférico, temperatura do ar e as características genéticas de uma cultivar que determinam o máximo que a cultura pode produzir e, no caso de culturas de sequeiro, pela precipitação, características de solo e relevo que influenciam no balanço hídrico. A partir da diferença entre o potencial de produtividade e a produtividade média das lavouras, é identificada a lacuna de produtividade (yield gap). Que representa a oportunidade de intensificar de forma sustentável a produção por área. A lacuna de produtividade é o quanto podemos produzir a mais adotando boas práticas de manejo. Para quantificar as lacunas de produtividade e identificar as práticas de manejo que possibilitam altas produtividades, a Equipe FieldCrops utiliza uma metodologia que combina modelo de simulação de culturas baseados em processos e dados de lavouras. Com o uso de análises de big data e inteligência artificial, identificamos os fatores que limitam a produtividade das lavouras de soja, milho, arroz e trigo em países da América Latina. A Equipe FieldCrops é colaboradora do Projeto Global Yield Gap Atlas (www.yieldgap.org), um esforço global liderado pela Universidade de Nebraska–Lincoln / Estados Unidos e Universidade de Wageningen / Holanda, que tem como objetivo estimar o quanto é possível produzir de alimentos em cada hectare agricultável ao redor do mundo com o mínimo de impacto ambiental.
Soybean Money Maker
A ONU prevê que a população mundial chegará a 9,7 bilhões de pessoas até 2050. Diante desse desafio, é crucial encontrar maneiras de equilibrar a crescente demanda por alimentos com a preservação do meio ambiente. É dentro desse contexto que o Soybean Money Maker nasce como uma iniciativa que reúne produtores, consultores e instituições públicas e privadas em 15 estados produtores de soja do Brasil e 3 departamentos do Paraguai. O objetivo principal é identificar práticas de manejo, que possam aumentar a eficiência produtiva e a rentabilidade dos agricultores, com baixo impacto ao meio ambiente. Este projeto avalia as práticas de manejo dos participantes com base em indicadores econômicos, ambientais e sociais, através de dados coletados dentro das lavouras dos produtores. A meta é alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente os relacionados à Fome Zero, Consumo e Produção Responsável e Ação Contra a Mudança Global do Clima (ODS 2, 12 e 13, respectivamente), e também promover práticas agrícolas que sejam verdadeiramente regenerativas e resilientes.
Rice Money Maker
Dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Assembleia Geral da ONU, os objetivos 2, 12 e 13 são os focos do Rice Money Maker. Resumidamente, o objetivo 2 busca eliminar a fome e promover a agricultura sustentável, o objetivo 12 visa a práticas de consumo e produção responsáveis, enquanto o objetivo 13 concentra-se em ações contra a mudança climática.
Para atingir esses objetivos, é crucial estimular a produção sustentável de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, respeitando os pilares chaves: economicamente viável, socialmente justa e ecologicamente correta. Isso inclui aumentar a eficiência produtiva, preservar a biodiversidade dos ecossistemas e reduzir os impactos ambientais.
O Rice Money Maker realiza isso com base em indicadores de eficiência no uso de insumos, como produtividade por unidade de energia, água e nutrientes, além dos impactos em serviços ecossistêmicos. Englobando a cadeia produtiva em quatro países da América Latina, o Rice Money Maker é uma oportunidade para desenvolver estratégias de manejo baseadas em práticas mais eficientes no uso de recursos, com menor impacto ambiental e maior rentabilidade na produção de arroz. Os produtores são incentivados a adotar práticas sustentáveis, considerando a interação genótipo × ambiente × manejo e promovendo a transferência de tecnologia e conhecimento.
Modelagem e mudanças climáticas
Os modelos agrícolas são definidos como um conjunto de equações matemáticas que descrevem as complexas interações agrícolas no sistema solo-planta-atmosfera e como as práticas de manejo impactam essa interação. A Equipe FieldCrops vem trabalhando ao longo de muitos anos para desenvolver modelos matemáticos que simulam o crescimento, desenvolvimento e produtividade das culturas agrícolas. Os modelos já disponíveis são o SimulArroz (Arroz) e o Simanihot (Mandioca). Atualmente estão em desenvolvimento os modelos de soja e trigo.
As Mudanças climáticas são alterações que impactam no padrão climático a longo prazo. Essas alterações podem ser de causas naturais (maior ou menor atividade solar e vulcânica) ou antropogênicas (aumento na queima de combustíveis fósseis, desmatamento de florestas entre outros). Nesse sentido, a Equipe FieldCrops realiza pesquisa visando entender o impacto das mudanças climáticas no desenvolvimento e produtividade da soja e do arroz irrigado.
A Melhor Cultivar de Soja Para Sua Lavoura
A Melhor Cultivar de Soja Para Sua Lavoura é um projeto conduzido pela Equipe FieldCrops que tem como objetivo identificar qual cultivar de soja apresenta a melhor interação entre genética, ambiente e manejo por ambiente de produção. O projeto contribui para o desenvolvimento de uma região, aumentando a produtividade, reduzindo o custo de produção e proporcionando sustentabilidade ao sistema de produção.